Aprendendo a viver.

Aprendendo a viver.

terça-feira, 7 de junho de 2011

AOS QUE ME COMPREENDEM

AOS QUE ME COMPREENDEM(Palavras de um Mestre àqueles que procuram perturbar a Obra do Bem)
Luz, sempre Luz.
Dois caminhos estão abertos aos olhos do mundo: Um, é estreito e cheio de
espinhos; o outro é largo e liso. São as duas Veredas, do Bem e do Mal, de acordo com a
estreiteza de muitas consciências ou da sublimidade de outras.
Os tempos são chegados. As correntes do Bem e do Mal em choque terrível, como
duas nuvens carregadas de eletricidade, fazem desencadear sobre o mundo, a horrível
tempestade que se vê por toda a parte. A sombra quer empanar o brilho da Luz; os
pequenos satélites disfarçados em estrelas de primeira grandeza querem ofuscar a
própria Luz do Sol.
Rechaçados por todos os lados; espoliados dos buracos onde ocultavam-se
avaramente, os representantes da Sombra fogem e espalham-se por todo o globo; mas
nós não lhes damos trégua. Eles procuram guarida aqui, ali, acolá, na certeza da posse
de terrenos férteis. Porém, cuidado; eles contaminam cidades, vilas, aldeias inteiras, com
o vírus pestilencial de uma epidemia oculta. Judas encontrou êmulos fiéis que muito bem
têm sabido reproduzir a Tragédia do Gólgota.
Aproxima-se o representante do Bem para salvar o mundo. Os sabedores disso
empregam todos os esforços ao contrário. As estradas estão floridas e os jardins
ostentam-se em cores multiformes, emprestando um cenário festivo à Vinda do Senhor.
Toda a natureza em festa procura saudar essa Aproximação grandiosa do Filho de
Parabrahm. Mas, desgraçadamente, os formigueiros espoucam de todos os lados, como
brechas vulcânicas e deixam sair das suas entranhas úmidas e escuras, os animais
daninhos e perversos que desejam destruir todo o trabalho do Bom Jardineiro.
O lobo faminto disfarçado em ovelha, vem rastejando-se em busca do redil para
devorar as pobres ovelhas indefesas. Como outrora, na última ceia do Senhor, nós não
poderíamos apontar com o dedo, todos os traidores. Mas, por misericórdia, preferimos
silenciar a palavra acusatória. Se eles tivessem a estultice de perguntar-nos: “Serei eu o
traidor?”, então, nós o diríamos: “Tu o dizes”...
Porém, os Judas modernos apanham, simplesmente, o saco dos “trinta dinheiros” e
deixam-se ficar impávidos, tranquilos e disfarçados nas suas cadeiras, embora remoendolhes
a consciência, se é eles a conhecem.
Ei-los a penetrar nos lares, nos santuários, nos templos de todos os credos,
repetindo e profanando os pestos e sentimentos de todos, mas calando a razão desse
proceder infame. Hipócrita e ridícula intrepidez, digna de um castigo imediato! Eles
espalham germens, dores e aflições, prometendo tesouros e riquezas, o seu único deus,
o seu único bem. São conhecedores das riquezas divinas, mas preferem as riquezas
terrenas. Nós plantamos boas sementes; eles colhem os frutos desperdiçando-os,
esmagando-os com os pés ou atirando-os ao monturo da sua consciência. Flagelo
humano, eles passam como um cometa, cuja cauda, ao em vez de bela e inofensiva, é
um cortejo de infâmias, de formas satânicas e indignas, verdadeiro rastro de lama, que emporcalha o caminho por onde passam.
No momento mais doloroso para o mundo, fase terrível que obriga o próprio
Criador a enviar para o mesmo a Sua própria Centelha, a fim de o resgatar do
compromisso tomado inconscientemente com a deusa Maya, eles, os representantes da
“Mão esquerda” formam um exército à parte, para apupar o próprio Deus, por ser Justo e
Bom, formando, portanto, causa comum com o mal existente, retirando, enfim, ao homem
o último Raio de Esperança.
Vilania tremenda! Injusta inconcebível!
Porque agis deste modo, quando um só gesto de vossa parte, uma só idéia, um só
desejo bastaria para que fosseis tocado por esse Raio de Luz, que transformaria as trevas
que vos ensombram e, então, uma Nova Aurora viria iluminar os vossos dias futuros?
Sois bondosos e vos fingis de maus. Sois deuses pequenos e vos fingis de demônios
gigantescos, sem vos lembrardes que a queda será mais elevada.
A missão gloriosa que nós, os apóstolos do Budha moderno, o Novo Senhor das
Raças e das Religiões, levamos a termo, jamais será desviada do Caminho em que
desliza docemente, embora todos os obstáculos que se nos antepõem.
Satã aponta-nos as belezas e riquezas do mundo; mas nós preferimos o Caminho
do Gólgota. O nosso último gesto será uma Benção para vós outros; a nossa última
palavra – o eterno perdão às vossas injúrias e torpezas.
JUSTUS