Aprendendo a viver.

Aprendendo a viver.

terça-feira, 12 de julho de 2011

SHAMBALLAH-dedicado a H.P.B.


“Verdadeira efígie de nosso Salvador, cópia da imagem gravada em uma
esmeralda, por ordem de Tibério Cezar e que depois, foi retirada do tesouro
constantinopolitano, pelo imperador dos turcos e, por este, oferecida ao Pontífice
Inocêncio VIII, para remir a seu irmão cativo dos cristãos.”

SHAMBALLAH
(Dedicado a H. P. B.)

Ó tu, irmão amado que vais ler estas linhas, como discípulo que és dos Mestres!
Presta atenção ao Velário que vai rasgar-se diante dos teus olhos, para apresentar o
cenário magnificente do Maior Santuário do mundo: o país de SHAMBALLA.
Como profano que és, mister se faz que te banhes em todos os rios sagrados por
onde passares, em cujo seio já foram recebidos os corpos desses semideuses que levam
os nomes de Mahatmas, de Sufis, de Arhats, de Bodhisatvas e até mesmo de Buddhas,
porque Índia é tua pátria, é a pátria de todos os homens, de todas as religiões e filosofias;
e, porque não afirmar – de todas as línguas.
Se queres transpor as cordilheiras do Himalaia, perfuma-te primeiro com os
unguentos mais valiosos que conheceres e despe-te de todo pensamento impuro,
esquecendo Pátria, família, e até a própria vida.
Eis que diante de teus olhos admirados, surge o Grande Deserto de Gobi. Para e
descalça as tuas sandálias, beijando três vezes o pó, porque estás pisando a Pátria
Sagrada dos Deuses.
Desde esse momento, começaste a aspirar o perfume inebriante do Loto Sagrado
que se oculta majestoso e belo dentro da Cidade Eterna.
Dize mais uma vez, um último adeus ao horizonte imenso onde desapareceram
todas as tuas aspirações terrenas, porém, não te voltes mais, se de fato queres
prosseguir na tua jornada de peregrino. Reflete bem, irmão amado, que jamais humanas
criaturas ousaram pisar essas paragens inóspitas, reminiscências do passado grandioso
de uma raça.
Já ouviste falar na harmonia dos sons? Já sentistes as vibrações puras e divinas
do AUM Sagrado, que repercute em todas as cousas? Não estranhes esta linguagem se
ela é nova para os teus ouvidos; ou volve os teus passos se ela te confunde ou atemoriza.
Seca as tuas lágrimas passadas e ri, mas com o sorriso interno dos que não levam
mais o pesado fardo do Karma individual, mas sim, do Karma Universal.
Ouço-te a indagares de ti mesmo: que melodia é esta, tão estranha, mas tão
sublime que se assemelha a um Coro Seráfico, acompanhado pela Lira maravilhosa de
Orfeu e secundada pelos Versos doirados de Pitágoras, pelas últimas palavras de Jesus,
o Cristo, a exalar o seu último suspiro; pelo doçura e compaixão de Çakyamuni; pela
brandura e Sabedoria de Rama-Krishna; pelos Grandes Ensinamentos de Lao-Tsé, de
Zoroastro, de Hermés, de Apolônio de Tiana? E este novo ruído estranho, como um ritmo
cadenciado de um bailado místico, executado por vaporosas Sacerdotizas, que
alimentam, talvez, o Fogo Sagrado de algum Templo Nirvânico?
De fato, alguns passos mais e estarás diante das intransponíveis muralhas
sagradas de um País até hoje desconhecido – Templo de Luz e de Amor.
Estará o teu corpo fatigado! Terá ele fome ou sede! Se assim é, ainda podes
retroceder, porque ali, embora sendo o Templo da Vida, morre-se de fome ou de sede,
porque o alimento e a água cristalina ali existentes só alimentam e saciam aqueles que
têm fome e sede de Luz.
Palácio suntuoso e belo, não pode ser penetrado por pés profanos, nem mesmo
pelos Reis e senhores do mundo. Se desejas ser escravo dos Reis Divinos, ou mesmo, se
és um humilde peregrino que nada espera da vida terrena, mas somente Amor e Verdade,
encoraja-te e ousa bater com o teu bastão contra a sua Porta de Ouro e... quem sabe,
poderás ser recebido.
Lembra-te, apenas, que aquele lugar é o Reflexo do Nirvana no Mundo, e lá, só
penetram aqueles que O encontraram dentro de seus próprios corações.
–––
Pobre de ti, alma peregrina! Volve os teus passos e aguarda uma outra ocasião
mais propícia para seres recebida naquele PAÍS SAGRADO.
Pensa e sofre comigo, meditando nas seguintes palavras: Ó SHAMBALLA! País
Sagrado onde o Amor puro tem o seu verdadeiro Trono, guardado por Aqueles que levam
o nome de Bhante-Youl! Berço Divino de Jesus, o Cristo; de Zoroastro; de Maitreya; de
Hermés; de Rama-Krishna; de Çakyamuni e todos estes Reis Divinos que de tempos em
tempos, vêm iluminar as mentes humanas, ou melhor, “nasceram em uma nova Yuga
para restabelecimento da Lei”, sê Bendita por toda a Eternidade.
Já que não me foi dado transpôr as grandes barreiras que me separam de Ti,
consente ao menos que eu possa conservar em todo o meu ser, o perfume suave do Loto
Sagrado que ocultas com tanto zelo e carinho, dentro do Teu Santuário de Amor. E tu,
Maha-Chohan, o Maior de Seus Filhos, perdoa a minha profanação pronunciando o Teu
Nome, ou se as minhas palavras, por um instante, foram perturbar o Teu Grande Sonho
de Amor pelos homens, prestes a ser realizado! A tua Guarda avançada, o Senhor Teshu-
Lama, no Seu Retiro Privado, pressentindo a minha presença profana, fez com que ocaminho até então esclarecido pela melhor das esperanças, fosse obscurecido por não
ser eu digno nem merecedor de tamanha graça. Loto Sagrado, abre as tuas pétalas
perfumosas e belas e deixa cair sobre o mundo, a Pérola Divina, desprendida dos Olhos
de Parabrahm, pela Sua Eterna Dor pelos homens, para que estes sejam benditos com a
Tua Presença.
Permite, ao menos que na Tua descida do Nirvana ao Mundo, Eu possa
reconhecer-Te entre os muitos que virão, em Teu Nome, pelo perfume que um dia aspirei
perto da Tua Morada e por aquela Música transcendente que os meus ouvidos jamais
cessarão de ouvir.
–––
Pobre de ti, leitor amado, se não houveres compreendido estas palavras! Neste
caso, é preferível não conservares esta página, mas sim, levá-la ao fogo e espalhares as
suas cinzas na superfície de um lago tranquilo, para que em uma época futura, aí
contemples a sua extraordinária metamorfose, em: “ROSAS DAS ÁGUAS – LOTUS
BRANCOS E AZUIS, QUE EMERGIRAM DO FUNDO, ELEVADAS PARA A LUZ!”
H. J. Souza

quarta-feira, 15 de junho de 2011

PREITO DE GRATIDÃO A UM MESTRE


“Vida casta, mente livre e despreconceituada, coração puro, intelecto sequioso de
conhecimentos, percepção espiritual lúcida, fraternal carinho para toda a humanidade,
boa disposição para receber e transmitir conselhos e instruções, boa resignação e ânimo
nos sofrimentos da injustiça pessoal que nos possa afetar, firmeza inabalável de
princípios, valorosa defesa dos que forem injustamente atacados, devoção perseverante
para com o ideal do progresso e perfeição da humanidade, que a Ciência Sagrada
descreve. Tais são os degraus de ouro pelos quais o principiante poderá alcançar o
Templo da Sabedoria Divina”.
Dhâranâ, contemplando a imagem resplendente do seu Mestre e Amigo (autor
destas palavras), num Altar daquele Templo, curva-se reverente e sincera, admirando a
Quem de passagem por este mundo, pôde resumir tão sublime Código de Amor e de
Perfeição, e impor à sua própria personalidade, num rasgo sublime de abnegado
exemplo, que galgasse a áurea escadaria!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Pius XII




Vaticano, 29 Maio 1954 -Pius XII Preside à cerimónia de canonização de Pius X

AOS QUE ME COMPREENDEM

AOS QUE ME COMPREENDEM(Palavras de um Mestre àqueles que procuram perturbar a Obra do Bem)
Luz, sempre Luz.
Dois caminhos estão abertos aos olhos do mundo: Um, é estreito e cheio de
espinhos; o outro é largo e liso. São as duas Veredas, do Bem e do Mal, de acordo com a
estreiteza de muitas consciências ou da sublimidade de outras.
Os tempos são chegados. As correntes do Bem e do Mal em choque terrível, como
duas nuvens carregadas de eletricidade, fazem desencadear sobre o mundo, a horrível
tempestade que se vê por toda a parte. A sombra quer empanar o brilho da Luz; os
pequenos satélites disfarçados em estrelas de primeira grandeza querem ofuscar a
própria Luz do Sol.
Rechaçados por todos os lados; espoliados dos buracos onde ocultavam-se
avaramente, os representantes da Sombra fogem e espalham-se por todo o globo; mas
nós não lhes damos trégua. Eles procuram guarida aqui, ali, acolá, na certeza da posse
de terrenos férteis. Porém, cuidado; eles contaminam cidades, vilas, aldeias inteiras, com
o vírus pestilencial de uma epidemia oculta. Judas encontrou êmulos fiéis que muito bem
têm sabido reproduzir a Tragédia do Gólgota.
Aproxima-se o representante do Bem para salvar o mundo. Os sabedores disso
empregam todos os esforços ao contrário. As estradas estão floridas e os jardins
ostentam-se em cores multiformes, emprestando um cenário festivo à Vinda do Senhor.
Toda a natureza em festa procura saudar essa Aproximação grandiosa do Filho de
Parabrahm. Mas, desgraçadamente, os formigueiros espoucam de todos os lados, como
brechas vulcânicas e deixam sair das suas entranhas úmidas e escuras, os animais
daninhos e perversos que desejam destruir todo o trabalho do Bom Jardineiro.
O lobo faminto disfarçado em ovelha, vem rastejando-se em busca do redil para
devorar as pobres ovelhas indefesas. Como outrora, na última ceia do Senhor, nós não
poderíamos apontar com o dedo, todos os traidores. Mas, por misericórdia, preferimos
silenciar a palavra acusatória. Se eles tivessem a estultice de perguntar-nos: “Serei eu o
traidor?”, então, nós o diríamos: “Tu o dizes”...
Porém, os Judas modernos apanham, simplesmente, o saco dos “trinta dinheiros” e
deixam-se ficar impávidos, tranquilos e disfarçados nas suas cadeiras, embora remoendolhes
a consciência, se é eles a conhecem.
Ei-los a penetrar nos lares, nos santuários, nos templos de todos os credos,
repetindo e profanando os pestos e sentimentos de todos, mas calando a razão desse
proceder infame. Hipócrita e ridícula intrepidez, digna de um castigo imediato! Eles
espalham germens, dores e aflições, prometendo tesouros e riquezas, o seu único deus,
o seu único bem. São conhecedores das riquezas divinas, mas preferem as riquezas
terrenas. Nós plantamos boas sementes; eles colhem os frutos desperdiçando-os,
esmagando-os com os pés ou atirando-os ao monturo da sua consciência. Flagelo
humano, eles passam como um cometa, cuja cauda, ao em vez de bela e inofensiva, é
um cortejo de infâmias, de formas satânicas e indignas, verdadeiro rastro de lama, que emporcalha o caminho por onde passam.
No momento mais doloroso para o mundo, fase terrível que obriga o próprio
Criador a enviar para o mesmo a Sua própria Centelha, a fim de o resgatar do
compromisso tomado inconscientemente com a deusa Maya, eles, os representantes da
“Mão esquerda” formam um exército à parte, para apupar o próprio Deus, por ser Justo e
Bom, formando, portanto, causa comum com o mal existente, retirando, enfim, ao homem
o último Raio de Esperança.
Vilania tremenda! Injusta inconcebível!
Porque agis deste modo, quando um só gesto de vossa parte, uma só idéia, um só
desejo bastaria para que fosseis tocado por esse Raio de Luz, que transformaria as trevas
que vos ensombram e, então, uma Nova Aurora viria iluminar os vossos dias futuros?
Sois bondosos e vos fingis de maus. Sois deuses pequenos e vos fingis de demônios
gigantescos, sem vos lembrardes que a queda será mais elevada.
A missão gloriosa que nós, os apóstolos do Budha moderno, o Novo Senhor das
Raças e das Religiões, levamos a termo, jamais será desviada do Caminho em que
desliza docemente, embora todos os obstáculos que se nos antepõem.
Satã aponta-nos as belezas e riquezas do mundo; mas nós preferimos o Caminho
do Gólgota. O nosso último gesto será uma Benção para vós outros; a nossa última
palavra – o eterno perdão às vossas injúrias e torpezas.
JUSTUS

quinta-feira, 28 de abril de 2011

The Sound Of Place: Civilisation

The Sound Of Place: Civilisation: "Whilst not strictly relevant to this project, I am re-watching the DVD collection, Civilisation , first on the BBC in 1969. Written and pres..."